Weeds é, sem dúvida, a série mais simpática do momento. A começar pela abertura. Ela é acompanhada da baladinha folk super cool Little Boxes, uma música composta por Malvina Reynolds, em 1962, que fala sobre o subúrbio e sua conformação com os valores burgueses. O termo little boxes se refere a região de Daly City, na Califórnia, construída no pós-guerra. A expressão americana ticky-tacky, que aparece inúmeras vezes na música, significa uniformidade monótona e, frequentemente, insípida ou medíocre.
Little boxes made of ticky-tacky: por aí já definimos um pouco a série.
(Descobri que a Nara Leão fez uma versão em português dessa música. Não é lindo?!)
O enredo nos mostra uma recém-viúva, tentando manter sua linda casa no subúrbio e seus dois (também lindos, rs) filhos. Para isso, ela trafica maconha. O que nos mostra um pouco desse universo, seus diferentes tipos e personagens de uma forma leve e divertida. O que para uma região cheia de pessoas nada autênticas é bem inusitado. Ao longo da série vamos descobrimos mais sobre essas pessoas aparentemente sem sal. O elenco é ótimo, com seus personagens peculiares e diálogos espirituosos. Isso tudo com crítica social. Adoro!
Além disso, a trilha não fica só com Little Boxes, que na seqüência das temporadas vai aparecendo em diferentes versões, que vão de Elvis Costello a Regina Spektor. A trilha está cheia de bandinhas que nunca tinha visto e são ótimas. Acompanhadas das já adoradas Of Montreal, Squirrel Nut Zippers e Dengue Fever. Eu, que vinha em um tremendo tédio musical, me sinto curada, ao menos por um tempo. Vale muito a pena ouvir inteira.
Por isso, pra quem vai ficar em casa no próximo feriado, fica a dica: weed & Weeds.
Nenhum comentário:
Postar um comentário